ISADORAFERRAZ
Os meus trabalhos surgem da
investigação incessante do desenho, da escrita e da linha, soerguendo
experimentos, vivências do corpo em contato com a linha do desenho, trabalhando
a linha que precede a escrita, a linha livre, seja nos livros escarificados –
surgidos no trabalho Desobjeto (2009)
–, em que a escrita passa a ser textura, curva, marca, quando ela é facilmente
atribuída às camadas do buraco, seja nas monotipias que produzo com fragmentos
de plantas, ponta do prego.
Evidenciam-se assim linhas
difusas, leituras cartográficas de uma alquimia sem precedentes, tanto nos
desenhos feitos em papeis Hanemuller,
quanto nos cadernos de registros, onde a escrita é linha de desenho, e não
existe a diferenciação entre a escrita e a imagem, pois ambas se fazem da
linha, que caminha no espaço do papel, no espaço do livro, no espaço de dentro
e de fora, fomentando, gesticulando e se apropriando.
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